mas ao mundo
que deixa passar tanto engano,
que o permite
que o consente
que o aproveita
e tão imprudente
como se a natureza pudesse fazer o mesmo!
Não, não e não
no circo não há milagres
nenhum palhaço atravessará o círculo
sem rasgar o papel!
É o mistério deste meu amor por ti
que põe a viveza nos meus sentidos
e eu não sou louco a ponto de romper o mistério
a troco de paz para a minha inquietação.
Sou do amor
pertenço-lhe
obedeço-lhe a todas as formas que tomem as suas ordens
e conheço-lhas como aos meus dedos.
Não sou como tu, Amigo
que deixaste o mundo equivocar os teus sentidos
e pôr-te arremedos de sentidos
para mistificar a mímica.
Amo-te, Amigo
e não te posso ajudar a teres-te
como eu te tenho no meu amor por ti.
Atrapalhou-se-te a vida nas tuas mãos
mas tu lá estás embrulhado na tua atrapalhação
e os curiosos em roda
são os únicos que têm a certeza de te safares daí.
poemas
assírio & alvim
2017