Tivemos tudo o que quisemos – eu e tu
E o nosso barco tem agora mastros nus,
E provisões já não nos restam.
A minha face empalidece prematura,
A minha boca rubra é curva de amargura,
E a Ruína é o dossel da minha cama.
Foi lira só, ou alaúde, ou leve encanto
De violas, ou como quando canta o mar
Que dorme numa concha, e o eco se repete.
poemas
trad. margarida vale de gato
relógio d´água
2005