Vida passajada, alinhavada
Cerzida, em ponto de cruz, ou de estrada,
Ou de pérola, tenho-te tratado
Com todos os cuidados –
E tu, madrasta, sempre
Logo num ai devoras o almoço que eu
Preparei com tanto amor, a manhã inteira.
Sempre a começar de novo, sempre a dar-me outra manhã,
Quando a de ontem já me bastava para toda a vida.
manuel resende
poesia reunida
edições cotovia
2018
1 comentário:
Lindo! Gostei muito.
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