I
Ao olhar ausente das janelas, a manhã ri
Com todos os seus dentes azuis e rebrilhantes.
Amarelas, verdes e vermelhas,
Às varandas ondulam as cortinas.
Jovens de braços nus estendem roupa.
Um homem, a uma janela, tem na mão uma luneta.
Manhã clara, esmaltada de mar
Pérola latina do alvor do lírio:
Mediterrâneo!
Outubro de 1933
albert camus
cadernos de albert camus II
escritos de juventude
trad. josé carlos gonzalez
livros do brasil
1972
Sem comentários:
Enviar um comentário