Sobe pela noite como profundo grito
Para ver uma concha de falso fumo
Caminha nas trevas em coloridos braços
Para ver as mais ligeiras asas voltando o mundo
Sobe pela noite como arma inútil
Como insecto astro dilúvio ou fantasma
Para ver a imagem de outro dia.
Vem com nuvens nas espáduas
– Um rosto de ondas quentes
Rosto dos habitantes de um país que te arruína
Busto de mulher invisível pelos férteis campos.
Envolta nas colchas rubras da tua raça e rosas grenat
Surge respondendo aos gritos dos cantoneiros
Vem. Traz o branco curso lunar das tuas mãos
Para este quadro vazio onde docemente luto contra mim.
aventuras da razão
livraria morais editora
1965
Sem comentários:
Enviar um comentário