O tempo perfura portas cerradas
biombos, tabiques e lapsos
um rangido de ferrugem velha
a mercadoria imaginária que tenhamos
insectos erram de planta em planta
um feto desdobra as grandes folhas
estranhamente espaçosas
nesta estação
A lua sobe no céu
lavado de fresco pelas últimas trovoadas
josé tolentino mendonça
estação central
assírio & alvim
2012
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