III
saio todos os dias, há um ar levemente
marinho na periferia de agosto,
caminho de memória e reconheço as faces
feridas, os vestígios salinos
nas faces,
e os campos de milho o casario húmido;
se atentasse nos sons
poderia talvez reproduzi-los
de modo inteligível
que vos hei-de mandar, que vos hei-de dizer
senão as tentativas: todos
os dias saio
vasco da graça moura
recitativos
poesia 1963/1995
quetzal editores
2007
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