Uma noite de maio aterrei
num lugar gélido
onde erva e flores eram pardas
mas o aroma exalado de cor verde.
Lá fui seguindo encosta acima
naquela noite daltónica,
enquanto pedras brancas
sinalizavam o caminho para a lua.
Um lapso de tempo
de uns minutos de altura
e cinquenta e oito anos de largura.
Atrás de mim,
para além do brilho difuso da água,
avistava-se a outra costa
e os que ali detinham o poder.
Gente com futuro
em vez de semblantes
tomas tranströmer
50 poemas
tradução de alexandre pastor
relógio d´água
2012
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