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Nesse dia lera um artigo em que se falava a
evolução das artes e se concluía que nada nos restava já fazer uma vez que tudo
estava feito e nada poderíamos acrescentar. Fiquei a pensar seriamente no
assunto durante um certo tempo. Até que finalmente compreendi. Dirigi-me para o
meu escritório sentei-me à secretária tirei da gaveta uma folha de papel e
comecei a escrever um longo telefonema. Praticando mais uma vez aquilo a que
chamo a prova de resistência dos materiais poéticos chamei o meu porco Rosalina
e pedi-lhe que o lesse e depois mo enviasse pelo correio.
ana
hatherly
463 tisanas
quimera
2006
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