XIV
A mão é a vulva entreabrindo-se ao ser penetrada pelo mundo
os dedos são o falo tacteando os tépidos lábios que o recebem.
A mão ao acordar só quer e pensa
voltar lá onde a obra a espera
e nela se quadra. Esta é
a maneira do real
entrar no mundo: os contrários copulam
entre si. Não há sombra
de um messias qualquer no horixzonte.
júlio pomar
poema TRATAdoDITOeFEITO
dom quixote
2004
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