Este latagão bebe vinagre,
cospe bolas de sabão e sabe
leis em que finge que acredita.
Com os dentes ao desleixo,
dissimula-se sob grande ares
patrióticos mas empresariais.
No mais, recebe salário como
tantos outros empreendedores
no silêncio de colarinhos brandos.
Preço pago por apertos de mão
dúbios nos becos ínvios onde
larvas d´ilusão piscam mal dormidas.
Estrangula-o na carótida o nó
da gravata, rouba quanto pode
e segue distribuindo cumprimentos
no incumprimento geral.
paulo da costa domingos
conflito
a céu aberto
averno
2017
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