o rio não corre para isso,
o charco não se detém para isso,
o mar não é presença para isso.
as vogais abertas
da linguagem da água,
a sua inaudita transparência palpável.
beber a transparência.
Beber algo é aprendê-lo.
E aprender a transparência é começar
a aprender o invisível.
a árvore derrubada pelos frutos
trad. rui caeiro, duarte pereira e diogo vaz pinto
língua morta
2018