16 dezembro 2022

josé amaro dionísio / solidão, sabe ela



 

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Solidão, sabe ela, e é uma jovem mulher entre cortinas de vento. Rica, muito rica. E ainda bela, realmente bela – ah, mas estas rugas na pele. Se chora? Por vezes esse momento em que te levantas, vais à janela, vês a barbárie do tanque sob as nogueiras e concluis que tudo é tão inútil. O nascimento dos animais, por exemplo, hora reconciliada sobre que as cicatrizes poderiam folgar. Mas que acontece?
 
Apenas o tempo
 
 
 
josé amaro dionísio
eduardo batarda
a sombra do sangue
livro de artistas
europalia 91
1991


 

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