QUANDO morrer ninguém dirá (e isso que me podia importar já!) fez…
disse… era… etc.
Porque eu não digo, nem faço, nem sou. Ninguém me deu tempo nem espaço
para as revelações. Dona de nada… sem autoridade… passando ao lado de pobres e
de ricos que dizem: aqui estou!
Mas eu não estou, nem sou. Algumas vezes, poucas, me interroguei e a
resposta era sempre confusa: deixar que os outros sejam…
irene lisboa
velhas notas ressuscitadas (1944
a 1949)
solidão II
portugália editora
1966
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