É preciso saber esperar, ser paciente, decifrar com
correcção os sinais de sangue nas janelas. O tear trabalha lentamente, cruza os
fios coloridos nas difíceis geometrias que o futuro vai vestir. No fim do sulco
estará, por certo, o filão que se procura, a ponta de navalha que abrirá a
concha em que o sol se refugia.
egito gonçalves
o esperado fim do mundo já partiu
uma antologia
língua morta
2020
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