– talvez em Abril, no quarto azul –
que tu eras a mãe, que eu era o filho.
as andorinhas apaziguadas nas goteiras
e eu encantado na almofada branca.
do confuso presente, as tristezas
de todos os improváveis futuros.
de uma viagem de agruras, de tormentos,
para lá das paredes e das portas.
dentro de mim criei e fingi-me aquele
que na noite anda à frente.
– sobe no céu a Lua de Agosto –
que andaste sozinha pelas ruas escuras.
poemas escolhidos
interlúdio (1987)
tradução de simoneta neto
quasi
2008
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