24 julho 2021

jenny mastoráki / a alegria da maternidade

 
 
À noite faço trabalhos perigosos.
Ato cordéis compridos
de janela para janela
e penduro jornais clandestinos.
Que queres, a poesia já não dá.
Já outros disseram tudo, dizem.
E depois, há já muitas que cantam
a alegria da maternidade.
A minha filha nasceu
como todos os bebés.
Ao que parece
vai deitar fortes pernas
para correr rápida nas manifestações.
 
 
 
jenny mastoráki
a grécia de que falas…
antologia de poetas gregos modernos
trad. manuel resende
língua morta
2021
 




1 comentário:

Cris Unterstell disse...

Bem interessante estes versos.Bom domingo.