01 novembro 2020

adolfo luxúria canibal / 1.º de novembro

 
 
Um traço um berço
Dois destinos que se cruzam na lonjura da distância
Erva fálica pelo caminho
 
Distúrbios subúrbios
Automóveis ferrugentos desenhando o horizonte
Os paralelos asfixiam a alma
 
Solidão saudade
Romagens romaria aos queridos defuntos
Carcaças abandonadas ao passado
 
Lágrimas fábricas
Tempo invernoso sublinhando a ausência
A música ouve-se triste
 
Solidão! Saudade! Romagens! Romarias!
Solidão! Saudade! Queridos! Defuntos!
 
 
 
adolfo luxúria canibal
no rasto dos duendes eléctricos
(poesia 1978-2018)
cancioneiro 1984-1985
porto editora
2019




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