14 novembro 2020

luís miguel nava / uma candeia

 
 
 
       Poisei na margem desta folha uma candeia, para que se tornassem mais claras as palavras deste texto. Uma candeia também ela feita de palavras e que, contrariamente às aparências, não está na margem mas dispersa nas palavras, de tal forma que, se eu falar das praias, por exemplo, o próprio olhar dos leitores torna visíveis os contornos dos banhistas.
 
 
luís miguel nava
o céu sob as entranhas
poesia
assírio & alvim
2020







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