Das espadas que os tártaros sonharam?
Onde as fortes muralhas que arrasaram,
Onde a Árvore de Adão e o cutro Lenho?
Está só o presente. E a memória
Erige o tempo. Sucessão e engano
É a rotina do relógio. O ano
Nunca é menos vão que a vã história.
Entre a alva e a noite há um abismo
De agonias, de luzes, de cuidados;
O rosto que se fita nos cansados
Espelhos nocturnais não é o mesmo.
O hoje fugidio e ténue é eterno;
Não esperes outro Céu, ou outro Inferno.
trad. josé bento
hífen 5 março
cadernos semestrais de poesia
tradução
1990
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