Ingénuo sonhador – as crenças d´oiro
Não as vás derruir, deixa o destino
Levar-te no teu berço de bambino,
Porque podes perder esse tesoiro.
Tens na crença um farol. Nem o procuras,
Mas bem o vês luzir sobre o infinito!...
E o homem que pensou, - foi um precito,
Buscando a luz em vão – sempre às escuras.
Eu mesmo quero a fé, e não a tenho…
– Um resto de batel – quisera um lenho,
Para não afundir na treva imensa,
O Deus, o mesmo Deus que te fez crente…
Nem saibas que esse Deus omnipotente
Foi quem arrebatou a minha crença.
camilo pessanha
clepsidra
1920
1 comentário:
Poeticamente maravilhoso de ler
.
Cumprimentos
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