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Diante da parede,
ele adivinha a monstruosa
soma da singularidade.
Não é nada.
E é tudo o que ele é.
E se ele quiser ser nada, deixem-no então principiar
onde se encontra, e como qualquer outro homem,
aprender o falar deste lugar.
Porque também ele vive o silêncio
que antecede a palavra
de si mesmo.
paul auster
poemas escolhidos
tradução de rui lage
quasi
2002
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