Para vos dizer a verdade
o meu sexo é uma cadeira
uma torrente verde
um retrato de Cézanne
uma baixela de prata no fundo do mar
o sonho de um osso
a imitação de uma cidade.
Abro uma janela
no sítio onde estava um navio
mas cínica a pedra vem – revém
e completa o ciclo
das loucas exigências.
Aceno aos meus sonhos
que estão do outro lado
enquanto passa uma
qualquer Nova Iorque
a cada passo
tropeçando nos seus próprios cabelos.
Áfricas 70
artur do cruzeiro seixas
obra poética vol. I
quasi
2002
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