Nas horas mortas da noite
Os que há muito estão mortos olham para
Os novos mortos
Que avançam até eles
Há um leve bater do coração
Quando os mortos abraçam
Os que há muito estão mortos
E os que entre os novos mortos
Para eles avançam
Choram e beijam-se
Quando voltam a encontrar-se
Pela primeira e última vez
Agosto 2002
harold pinter
guerra
trad. pedro marques, jorge silva
melo e francisco frazão
quasi
2003
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