Vento imaginário. Vento de livros. Vento leste.
Eu olhava a colina da graça.
Olhava a parede de livros que me impede a graça.
Quando as árvores caíram. Ninguém apagou as luzes.
O vento leste quis as raízes de fora. Eram letras, afinal.
Tudo se inclinou perante o vento, perante o tempo de papel que fazia
Entre a parede e a colina.
Árvores deitadas eram vida sem nome.
As mulheres pareciam chamas a dormir.
joão paulo esteves da silva
diversos 15
edições sempre-em-pé
2009
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