05 dezembro 2012

fernando lemos / não há tempo




Não há tempo
        há horas
Não há um relógio
        há
        hábitos que
me habitam

O poema dói
o ponteiro corta
a hora que queima
a morte simula

respira
para não me distrair



fernando lemos
a única real tradição viva
antologia da poesia surrealista portuguesa
perfecto e. cuadrado
assírio & alvim
1998



1 comentário:

Dilmar Gomes disse...

Eis um bom poema, Fernando.
Um abraço.