259 – Não é nada, é um novo dia que começa. O sol
ergueu-se pela ésima, ésima vez. Há luz
no ar. Os pinheiros inundam-se dela, acenam na aragem a uma voz que vem de
longe. Um cão ladra excitado à alegria da vida, há sinais longínquos do
trabalho dos homens. Reconheço-me eu vivo também e recolho em mim o universo
inteiro. Tudo se recompõe na vida que se suspendeu, as flores voltam a ter
razão de ser à luz. E há por cima de tudo um céu azul. Não é nada. É um novo
dia que começa.
vergílio ferreira
pensar
bertrand editora
2004
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