20 abril 2020

luís filipe parrado / brecht no exílio



Trago um cajado, precipito um cão grego
pelas ravinas da história.
Conheço quem se dê mal com a vida
e não encontro a entrada do pomar,
a razão do vermelho da maçã.
Mas nem assim estou disposto a entregar
a minha dor à vossa trela.



luís filipe parrado
entre a carne e o osso
língua morta
2019









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