Encontro-te depois de procurar-te
nas ruas onde é costume encontrar
Beijo-te no pescoço, os lábios
húmidos de treva, as mãos
firmes nos teus ombros.
Oculto, inseguro, dividido
quero festejar, festejar-te.
A alma, esta dilatação do corpo extasiado,
canta no quarto habitado pelo tempo.
Um som falso de cassettes sobe no descampado donde
vens.
joaquim manuel magalhães
os poços
uma luz com um toldo vermelho
editorial presença
1990
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