08 novembro 2016

maria azenha / hóspedes da névoa







Que mãos são estas que retiram do solo
uma infinita tristeza?
Que sombras confere a luz das estrelas?
Que vozes de água vertem as lágrimas
desta mulher jovem?
São estes os destroços da névoa?

Tudo tão perto.
Tudo tão cego.

Corpos transparentes e submersos
feitos de entrega.



maria azenha
a casa de ler no escuro
editora urutau
2016




2 comentários:

Poesia, Vim Buscar-te disse...

Excelente poema.

Memória transparente disse...

Falta um verso neste trabalho da poeta Maria Azenha.