29 setembro 2014

josé alberto oliveira / a gata de beethoven



Entrada a noite,
a gata Electra
esquece vinganças
e senta-se
ao meu lado.
Ouvimos os trios de cordas,
eu bebo whisky
a bem da morte sóbria
ou, pelo menos,
de um sono conforme;
a via parece suave,
a pulsação
quase perfeita
e a gata pensa
que não há direito
que alguém sofra.



josé alberto oliveira
resumo a poesia em 2011
assírio & alvim
2012




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