de um sótão e o alvoroço das campainhas
era sempre o aviso de saída
para um tempo sem datas, cheio de sol.
Por entre milheirais, as veredas
estreitas face ao vento. A disputa
para não ser o último a chegar à fonte.
Ou, depois da pedalagem e dos vestidos
molhados, os seios das minhas primas
sentindo a imperícia dos dedos.
entre cheiros silvestres e a pressa
de saber da vida os seus segredos.
Horas de que dura apenas o clima
daquelas excursões e o instinto
de pecar contra o sexto mandamento.
poesia espanhola de agora II
trad. joaquim manuel magalhães
relógio d´água
1997
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