Magoa ver a magnólia cair. Acredita.
O relâmpago vem
Sobre ela. A tempestade.
As plantas são tão frágeis como as cabanas dos homens.
Somos muito frágeis os dois neste poema
Com o relâmpago, a cabana, com a magnólia aos ombros
Sem nenhum terreno pulmonar intacto
Para depois de nos olharmos um de nós dizer
Plantêmo-la aqui – aqui
É o meu pulso, a minha boca
É a retina com que procuras, é a madeira da porta
Com que te fechas em casa. Prometo-te
Eu nunca vou fechar os olhos
As mãos.
dos líquidos
anos 90 e agora
uma antologia da nova poesia portuguesa
quasi
2001
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