feliz,
Brando e ruidoso na aurora e na névoa brilhante do orvalho,
Que havia de chegar o tempo em que, suspirando, os corações
diriam:
«Tivesse eu sabido…»
Nem, ao sol, o mais encantador riso ondulante do mar,
Teriam vindo fascinar a minha alma para que neles reparasse.
As preces que não conseguimos ouvir se o coração lhes resiste,
Agora que a minha própria alma, à deriva e perdida como o vento,
suspira:
«Tivesse eu sabido.»
poemas
tradução de maria Lourdes Guimarães
relógio d’ água
2006
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