13 outubro 2020

antónio franco alexandre / recuso ver que face

 
 
recuso ver que face
na tua face a tempo pousa
o agrimensor
da sombra
 
ouvir que voz repete
a tua voz dormida
junto ao pão
os instrumentos
 
talhados sobre
a boca
 
na água viva o sopro
alvoraçado
 
 
 
antónio franco alexandre
a pequena face
assírio & alvim
1983



 

1 comentário:

© Fanny Costa disse...

Gosto destes poemas sucinto que tanto nos murmuram...
Um abraço de luz