Serenamente sem tocar nos ecos
Ergue a tua voz
E conduz cada palavra
Pelo estreito caminho.
Vive com a memória exacta
De todos os desastres
Aos deuses não perdoes os naufrágios
Nem a divisão cruel dos teus membros.
No dia puro procura um rosto puro
Um rosto voluntário que apesar
Dos tempo dos suplícios e dos nojos
Enfrente a imagem límpida do mar.
sophia de mello breyner andresen
no tempo dividido
obra poética
assírio & alvim
2015
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