Que o lugar
dos solitários
Seja um
lugar de ondulação perpétua.
Quer seja em
pleno mar
Na negra e
verde nora
Ou nas
praias.
Que nunca
cesse
O movimento,
ou o ruído do movimento,
O renovar do
ruído
E múltiplos
prolongamentos;
E,
sobretudo, do movimento das ideias
E da sua
incansável iteração.
No lugar dos
solitários,
Que há-de
ser um lugar de ondulação perpétua.
wallace stevens
harmónio
trad. jorge
fazenda lourenço
relógio
d´água
2006
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