Daqui, desta
Lisboa compassiva,
Nápoles por
Suíços habitada,
onde a
tristeza vil, e apagada,
se disfarça
de gente mais activa;
Daqui, deste
pregão de voz antiga,
deste
traquejo feroz de motoreta
ou do outro
de gente mais selecta
que roda a
quatro a nalga e a barriga;
Daqui, deste
azulejo incandescente,
da soleira da
vida e piaçaba,
da sacada
suspensa no poente,
do ramudo
tristôlho que se apaga;
Daqui, só
paciência, amigos meus !
Peguem lá o
soneto e vão com Deus...
alexandre o'neill
atrás dos tempos vêm tempos
1996
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