27 agosto 2013

robert schindel / noite alta



Noite alta, eu, fechado em mim
E o planeta a esbarrar no meu nariz
Frio de rachar, lá fora sopra o vento oeste. Em mim
Há um oceano, formado
Por milhões de corpúsculos
Do Fecha-te-Sésamo e esses milhões
Inundam-me enquanto
Fico ali deitado no meu abrigo
Deitado de costas
De barriga, quando
O vendaval do sonho me dá a volta.


robert schindel
telhados de vidro nr. 11
tradução de joão barrento
averno
2008



Sem comentários: