porque nunca vens.
e esperam que tu venhas
como um animal manso
comer-lhes à mão.
para lá das horas,
agachado não se sabe onde.
… Amanhã!
E amanhã será outro dia calmo,
um dia como hoje, quinta ou terça-feira,
qualquer coisa e não aquilo
que esperamos não obstante, ainda, sempre.
para que eu me chame ángel gonzález
uma antologia
selecção e tradução de miguel filipe mochila
língua morta
2018