9.
Devia ter sido
o último poema do ano.
Um sino na
paisagem a marcar
as horas. Um desalinho
momentâneo
como uma
arritmia, demasiado breve
para ser sombra,
não ousando ser
árvore para que
nenhum pássaro
ali pouse e seja
música.
Chegando sempre
tarde,
é o primeiro, e
nele ressoa
a enumeração de
todos
os elementos
que nos circundam
mas que, por
inabilidade
semântica ou
biológica,
são sempre
distância.
ana paula inácio & sandra costa
menos uma hora nos açores
volta d´mar
2022

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