sou como um homem que regressa da Arábia,
impregnado de perfumes.
ao ritmo dos remadores.
Com um feixe de canas ao ombro,
vou para Mênfis,
e direi a Ptah, senhor da verdade:
«Dá-me esta noite a minha amada.»
Este deus é como um rio de vinho,
com seus maciços de canas.
E a deusa Sekmet é como se fosse a sua moita de flores.
E a deusa Earit, seu lótus em botão.
E o seu lótus aberto, o deus Nefertum.
- E a minha amada será feliz.
Mênfis é um cesto de tomates
posto em frente do deus de rosto puro.
ó deus meu amigo,
é banhar-me diante de ti.
Adivinhas-me, quando se molha
minha túnica de fino linho real.
E juntos entramos nas águas,
e à tua frente eu saio das águas,
agarrando entre os dedos
um estupendo peixe encarnado.
– Olha para mim.
que metade da minha cabeleira se desfaz,
quando corro ao teu encontro.
diante de ti,
eu componho os meus cabelos.
poesia toda
o bebedor nocturno (versões)
poemas do antigo egipto
assírio & alvim
1996
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