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Em busca da fortuna
Num barco chamado «Boa Nova».
Suportavas-me em cheio
no peito aberto
um vento em risco
naufragava
onde Tiepolo propusera
outras nuvens.
A quilha abria o mar
que se dobrava.
Era preciso alimentar
um filho
os olhos forçavam
o vestido
e na fímbria da saia
a denúncia das folhas.
Ao entregar-te a sopa
abriu-se-te a camisa
e um rastilho de pele
sitiou-me a cabeça.
sem rasto
três poemas sacros e um tríptico viril
averno
2021
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