Tu sabes que não nos é permitido usar o teu nome.
E nós sabemos que és inexprimível,
anémica, muito frágil e suspeita
de misteriosas faltas na infância.
Sabemos que não te é permitido morar agora
nem na música, nem nas árvores do crepúsculo.
Sabemos – ou melhor, assim nos foi dito –
que não existes em lado nenhum.
E no entanto continuamos a ouvir a tua voz fatigada
– no eco, na queixa, nas cartas que nos
escreve do deserto grego Antígona.
adam zagajewski
sombras de sombras
trad. marco bruno
tinta-da-china
2017
E nós sabemos que és inexprimível,
anémica, muito frágil e suspeita
de misteriosas faltas na infância.
Sabemos que não te é permitido morar agora
nem na música, nem nas árvores do crepúsculo.
Sabemos – ou melhor, assim nos foi dito –
que não existes em lado nenhum.
E no entanto continuamos a ouvir a tua voz fatigada
– no eco, na queixa, nas cartas que nos
escreve do deserto grego Antígona.
sombras de sombras
trad. marco bruno
tinta-da-china
2017
Sem comentários:
Enviar um comentário