os nossos apocalipses
como se nada fosse,
carregamos
a indiferença como um lenço de seda
à volta do pescoço,
a morte faz-nos sinal
em cada olha primaveril
da árvore-noite,
aquela que nos chama
com uivos de lobo
quando a olhamos,
barricadas atrás das nossas janelas
de presos à residência
sobre este planeta que corre
na negra água cósmica.
poesia
o mensageiro dos sonhos
tradução de vitor castro
quasi
2004
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