O sentido do passado nasce
de objectos-já.
Em todos os momentos evidentes
procurei-te
E também em ténues
interregnos
Procurei quem?
onde
estás?
quem?
quem, deixou de fazer sentido
nem o quê (sem nome, em
nenhuma língua)
Eu voltaria, dando alguns passos atrás, ficaria
num lugar
diferente, num sentido precário.
Como se o som, ao atravessar a água,
baixasse uma
quarta.
jacques
roubaud
alguma coisa
negro
trad. josé mário silva
tinta-da-china
2016
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