16 novembro 2018

elio pecora / o limite




Ficar aqui, nas estações que mudam,
é a norma comum: o dom extremo e a saída.
A quem galgou o limiar não é dado voltar:
talvez tão só no sonho digam palavras soltas
demasiado parecidas com estas dos nossos percursos.
E seguimos absortos, às vezes surpresos,
cada espera é um jogo,
cada dúvida o encalhar de uma deriva,
e damos números aos dias,
pés aos desejos,
confins ao vaguear
– desprovidos de mapas, desconhecendo o porto.



elio pecora
poemas escolhidos
novos poemas (inéditos)
tradução de simoneta neto
quasi
2008










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