V
a conclusão de que não há abismo, e que a infância
não pára de desenvolver-se e
e crescer,
é um novo princípio de realidade, de morte, de
velhice:
eu não deixo de viver no mundo interior e exterior
das metamorfoses flutuantes;
é já dia, mas a noite que conduz a esperança no
pensamento, e sobre si própria,
não acabou.
Não
acabou definitivamente;
onde
estará, protegendo-se da luz, o sapo que
brilha?
Eu tenho a
intuição, Aramis, de que os monstros
são as tentativas mais puras do Universo.
“Olha-os, e não os mates.”
maria gabriela llansol
o raio sobre o lápis
livro de artistas
europalia 91
1991
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