Uma forma de prisão provida da matéria dos dias. O único
problema do homem é que é um bicho para morrer – como todos os outros, já se
sabe. Mas, desgraça maior, ao contrário de todos os outros passa os dias a
inventar o que pode para iludir isso. Cansa-se, e povoa à sua volta uma
ausência de pessoas com que cria o paradoxo dum universo concentracionário em
que toda a ressonância humana resulta da assunção ostensiva dessa ausência. Há uma
pintura assim.
josé amaro dionísio
eduardo batarda
a sombra do sangue
livro de artistas
europalia 91
1991
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