Estarão todos os ares impregnados
Deste sol adocicando a manhã,
Que traz a um tempo do mundo guardados
O pecado e a fruta brilhante e sã?
Estarão filhos por nascer escutando
O tinir de copos pelo noivo amigo?
E esta amizade porque vem entrando
Já fria no café, cada um consigo?
Nada se perder é nada repetir.
Assim tudo se transforma no pão quente:
Mágoas em sossego na grávida doente.
Nada repetir para que tudo volte:
Para quê protelar o amor com obras?
Sempre da morte nascerão coisas novas.
rui lage
antigo e primeiro
quasi
2002
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